Seca no Paraná preocupa produtores e ajuda do governo tem sido insuficiente, afirma Lupion

Brasília – “Pra cima de Santa Catarina, a chuva não aconteceu, ao contrário do que aconteceu do estado catarinense pra baixo, onde a tempestade foi forte. Na minha região, Norte Pioneiro, estamos há quase 50 dias sem chuva expressiva. Gera uma preocupação muito grande”.

A declaração é do deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Ele reconheceu, nesta semana, que a principal pauta da bancada, neste momento, é o socorro aos moradores e aos produtores rurais do Rio Grande do Sul. No entanto, ele demonstra preocupação com o que ocorre no Paraná.

Ele citou que o milho plantado, neste momento, precisa de água para se desenvolver. E que, além das perdas da soja, seria muito grave uma seca prolongada.

Sobre a ajuda do governo, Lupion acredita que é preciso ter mais atenção com os produtores. “Existe uma medida que foi anunciada pelo governo, de auxilio para estados onde houve quebra de safra, completamente insuficiente até o momento. Vários estados ficaram de fora dessa conta, o nordeste inteiro por exemplo”.

Recursos

Ele lembra, inclsuive, que já foi anunciado que o auxílio do governo será descontado do próximo Plano Safra, tema que está na ordem do dia da FPA. “Precisamos buscar recursos, espaço fiscal pra isso. Então nós estamos debatendo, tentando buscar soluções de acesso a crédito o mais rápido possível. Principalmente que o seguro rural efetivamente aconteça”.

No Paraná, são 300 mil propriedades rurais, 90% delas de agricultura familiar, ou seja, pequenos produtores. A vida deles ficou ainda mais complicada depois de mudanças recentes no Proagro – Programa de Garantia da Atividade Agropecuária.

“O programa teve um corte de praticamente 40% dos beneficiários nas faixas de renda. Assim, muitos daqueles que eram beneficiados pelo Proagro foram prejudicados, e vão buscar seguro em algum lugar. E esse seguro provavelmente vem do PSR, que não tem dinheiro”.

Lupion acredita que será preciso negociar muito com os Ministérios da Fazenda e do Planejamento. “Buscar espaço fiscal e orçamento pra que a gente consiga implementar um bom plano safra e que ele tenha seguro, porque regiões que não buscavam isso, como o Mato Grosso, agora estão indo atrás. A gente precisa estar preparado pra enfrentar essa dificuldade”, finalizou.

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